Neste espaço, homenageamos Rita Lee Jones de Carvalho, reconhecida nacionalmente como cantora e compositora, mas que também deixou sua marca como apresentadora, atriz e escritora. Nascida em São Paulo no ano de 1947, ela foi uma figura fundamental na revolução do rock brasileiro e no Tropicalismo.

Participou por 6 anos da banda Os Mutantes, e segundo sua autobiografia, foi  expulsa em 1972, com a justificativa de não ser tão boa instrumentista para encarar a fase progressiva na qual o grupo queria se arriscar. Desde 1970, Rita se lançava como artista solo; após três álbuns sem muita repercussão, experimentou uma reviravolta a partir do LP "Fruto proibido (1975)”, acompanhada pela banda Tutti Frutti, que além de “Ovelha negra” trazia faixas como “Agora só falta você” e “Esse tal de Roque Enrow”.

Foi deslanchando e, em 1979 e 1980, já ao lado de Roberto Carvalho, marido, grande guitarrista e pai de seus três filhos, se consolidou como a maior vendedora de discos do Brasil. Isso não impediu que ela fosse a artista mulher mais censurada durante a Ditadura Militar (1964-1985), de acordo com a pesquisadora Norma Lima, chegando até a ser presa- primeiro no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e depois no presídio feminino do Hipódromo.

Fez uma breve participação no filme “Durval Discos” e apresentou o “Saia Justa” ao lado de Fernanda Young, Mônica Waldvogel e Marisa Orth, programa no qual ela se despediu em maio de 2004. Escreveu a coleção de livros infantis “Dr. Alex” e a autobiografia “Rita Lee: Uma Autobiografia”. Faleceu aos 75 anos no dia 8 de maio de 2023, devido a um câncer de pulmão diagnosticado em 2021.